É possível ser feliz no mesmo trabalho que hoje não me faz feliz?

dezembro 4, 2017by Janaina Velloza

Eu acredito que sim, mas não vou negar, você precisa sair do “piloto automático” e fazer um trabalho de investigação para buscar a sua resposta. Investigação? Sim, e só pode ser feita por você mesmo. Não dá para pedir a um amigo ou colega de trabalho que a faça e te conte o resultado, pois só fará sentido a ele.

Não se iluda, não tenho uma resposta pronta para te dar, mas você pode começar esse trabalho por aqui. Pare, desligue o “piloto automático” e faça esse exercício respondendo à seguinte pergunta:

Como você imagina um trabalho que te faria feliz hoje?

Agora é hora de sonhar. Se possível escreva sua resposta no papel, para poder visualizar e refletir sobre o que lê. Se preferir faça uma lista dos itens necessários para o trabalho feliz.

Quer ajuda? Vou listar algumas perguntas que podem compor a sua resposta, mas não se atenha a elas tão somente.

  • Precisa ser um emprego formal ou não necessariamente?
  • É numa empresa de grande porte?
  • O ambiente deve ser formal ou não?
  • Você tem um gestor ou não? Você tem um gestor, mas tem autonomia e isso te basta?
  • Salário não precisa ser maior, sua infelicidade na verdade não está relacionada ao fator financeiro? Não. Salário é muito importante? Quanto quer ganhar então?
  • Flexibilidade de horário é importante para você?
  • Prefere um horário formal de trabalho?
  • Faz questão de benefícios? Se a resposta for sim, quais?
  • Quais são as atividades que quer ter sob a sua responsabilidade nesse trabalho que te faz feliz? De quais gostaria de tomar distância?
  • Como são as pessoas que trabalham com você? Ou prefere trabalhar sozinho, sem uma equipe para te dar suporte?

De posse de sua lista com os itens necessários para o “trabalho que te faria feliz”, leia um a um e os coloque em ordem de prioridade, do mais importante ao menos importante.

Terminou? Ótimo. Agora, respeitando essa ordem de prioridade, marque com um asterisco os itens já presentes em seu trabalho atual.

Para os que você não fez a marcação, que são aqueles hoje inexistentes no trabalho atual, há possibilidade de abrir mão de algum e mesmo assim ser feliz no trabalho?

Não tem problema se não der para abrir mão. Continuemos.

Para os itens que não abriu mão e não presentes em seu trabalho, passe um a um e responda: O que acha que é preciso para que passem a existir?

Exemplo: Uma de suas exigências é você se liberar de todas as atividades operacionais que te chateiam. É possível fazer algo a respeito disso? Sim. Quais são as possibilidades? Posso repassá-las para um funcionário; Posso mudar de área e ir para uma mais estratégica, dentro da mesma empresa; Posso até ficar com algumas delas e distribuí-las entre meus funcionários; Posso mudar de empresa.

Se possível faça o exercício escrevendo tudo que vem à cabeça, sem muitos filtros, mesmo que as possibilidades te pareçam até absurdas. Faça como se estivesse numa reunião de brainstorming (chuva de ideias) com você mesmo.

Passou por todos os itens? Que ideias esse exercício te trouxe? Chegou a alguma conclusão quanto ao que precisa então ser feito para buscar a reconciliação com o trabalho atual?

Agora vamos supor que você travou na maioria dos itens dos quais não abre mão e que precisam existir para garantia da sua felicidade no trabalho. Não consegue enxergar possibilidade de promover nenhuma mudança no cenário atual para conseguir fazer de seu trabalho atual o trabalho feliz que deseja. Nesse caso, sugiro que você busque ajuda. E quando eu digo ajuda, não me refiro apenas à ajuda profissional.

Uma conversa aberta sobre isso com um amigo para ouvir uma opinião sobre o assunto. Uma outra com um profissional, de sua área de atuação, que admira. Você tem um mentor de carreira, dentro ou fora da empresa onde trabalha com o qual costuma se aconselhar?

Eu, por exemplo, quando não conseguia mais ver nenhuma possibilidade de ser feliz em meu trabalho anterior, como advogada e Compliance Officer em instituições financeiras, fui ter uma conversa informal com uma pessoa que considerava ser um mentor de carreira na organização. Naquela conversa fui apresentada ao Coaching de carreira. Imagina você, eu achava que somente existia no mercado o Executive Coaching, que para mim, na época, era apenas uma metodologia a qual eram submetidos altos executivos com alta performance, mas de comportamento questionável. Naquele momento me foi apresentada uma possibilidade jamais por mim pensada. Busquei pelo meu processo individual de Coaching, com um profissional indicado por esse meu mentor e foi durante esse processo que descobri a minha atual profissão. Acabei optando pela transição de carreira, mas isso, claro, depois de passar por uma série de possibilidades que a princípio pareciam ser mais fáceis de implementar, como uma mudança de área, mudança de atividade, etc.

Mas veja só, hoje, como coach, já atendi clientes que chegaram ao meu escritório com dúvidas sobre o caminho profissional, achando que seria impossível ser feliz no emprego atual e pasme, saíram de lá felizes com o mesmo trabalho.

O exercício que aqui proponho é para entrar em contato com a questão, que é complexa, e por isso acredito não haver uma resposta certa ou errada para as conclusões que venha a tirar dessa reflexão que te sugeri, ok?

Em sua conversas, após o exercício, se for de fato fazê-las, vá sem expectativas, aberto a escutar o que outras pessoas tem a dizer sobre você e o seu descontentamento atual.

Mesmo que não faça o exercício, se com esse artigo você pode olhar para o assunto de uma forma diferente da que costuma pensar sobre ele, acho que valeu o tempo que investi redigindo-o.

by Janaina Velloza

Formada em Coaching Ontológico pelo Instituto Appana e Woman To Be, analista comportamental formada pelo IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), membro da ICF (Internacional Coach Federation) em processo de certificação. Idealizadora do workshop “Dando um novo sentido ao trabalho” e do Programa “Coaching no Escritório“, atualmente cursando o Programa Pathwork de Transformação Pessoal.

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© Janaina Velloza. Todos os direitos reservados.
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